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Nos exercícios físicos de longa duração como: maratona, triátlon, entre outros, o corpo utiliza como fonte principal de energia as vias glicídicas, lipídicas e oxidativas. Por isso, é fundamental o ajuste dietético mantendo o equilíbrio dos macronutrientes (carboidrato, proteína e lipídios), para esses esportistas não entrarem em um déficit energético.

Existem algumas variáveis que influenciam a utilização dessas vias energéticas, como o tempo e/ou a duração do exercício. Essas condições mostram tamanha é a importância do estado inicial das reservas dos macronutrientes, tendo papel importante para que o esportista consiga manter-se com estoques suficientes, até concluir a prova ou o treinamento.

Outra variável importante que deve ser ressaltada é quanto ao nível de treinamento desse esportista, pois isto implica qual será o substrato mais utilizado durante o exercício, podendo utilizar maior quantidade de glicogênio e/ou de lipídios.

Dentre todos os substratos, o carboidrato deverá ter uma atenção especial. De fato eles têm uma certa vantagem, pois o corpo utiliza sua energia mais rapidamente, se comparado as fontes de lipídeos. Tendo em vista que, após as reservas de carboidrato baixar, automaticamente nosso corpo começa a utilizar mais lipídios para gerar energia.

Como foi citado anteriormente, existem muitas variações para a manipulação de fontes energéticas. Alguns atletas terão melhor desempenho utilizando carboidratos como fonte de energia e outros utilizando fontes lipídicas. O olhar atento para a individualidade biológica é sempre fundamental em qualquer esporte, seja maratonista, fisiculturista ou tenista.

Em teoria, temos alguns números de ingestão com relação aos carboidratos ingeridos. Exercício de endurance, com tempo inferior a 1 hora, se preconiza 5 a 7g de carboidrato, por kg corporal. Para provas com duração de 1 hora a 3 horas, utiliza-se 7 a 10g de carboidrato, por kg peso corporal. Lembrando que a teoria nem sempre tem precisão máxima, quando aplicado na prática, devendo sempre adequar esses números para cada atleta ou esporte.

Com relação a ingestão de gordura, foi feito um estudo, comparando os 3 níveis de ingestão de gorduras de corredores treinados:

Grupo 1 – Nível baixo, 16% da energia sob forma de lipídeos. Grupo 2 – Nível médio, 31% da energia sob forma de lipídeos. Grupo 3 – Nível alto, 44% da energia sob forma de lipídeos.

O resultado foi que o Grupo 2 (ingestão de 31%) teve um ganho no desempenho físico de 8% em homens e 20% em mulheres, se comparado com o Grupo 1 (ingestão de 16%). Já o Grupo 3 (ingestão de 44%), não apresentou nenhuma melhora, se comparado com o Grupo 2.

Em teoria, parece que a ingestão alta de gordura não é muito viável, mas lipídios são necessários, até mesmo para manter os níveis calóricos elevados. Isso acontece principalmente quando se fala de atletas de longa duração (acima de 1 hora de exercício).

Na dieta de um atleta pode ser utilizados apenas alimentos como fonte de energia, mas devido à alta ingestão calórica, seria muito difícil esses esportistas chegarem atingir esses níveis tão elevados apenas com alimentos saudáveis. No mercado encontramos diversos suplementos para facilitar esse aporte energético, tanto as fontes de carboidratos (waximaize, dextrose), como as fontes de lipídeos (TCM, ômega 3). Cabe ao nutricionista adequar da melhor maneira, sempre priorizando o nível de treinamento e a duração de cada competição, fazendo com que esse esportista consiga melhorar seu desempenho e conquistar o pódio, sem deixar de lado a sua saúde.

Energia a todos, igual uma maquina!!!

CRN: 9713 D